Judeus no mundo

EQUADOR


A história dos judeus no equador tem um início nos tempos coloniais (quando o Equador era colônia espanhola), quando havia pouquíssimos judeus nesse país.Em 1917 havia cerca de 14 judeus no Equador, ou seja, até o início do século XX não existia um número expressivo de judeus equatorianos.A partir de 1924 o crescimento judaico no país aumenta começa a aumentar, graças ao estabelecimento de quotas de imigração pelos Estados Unidos, que restringiam o número de imigrantes.De 1933 a 1945(período da Shoah) cerca de 5700 judeus, refugiados europeus na grande maioria, chegaram ao país equatoriano, mas muitos saíram do país.

Apesar de ser um país que aceitava a entrada de imigrantes judeus durante a Segunda Guerra Mundial (tendo inclusive aceitado um navio de judeus refugiados da Alemanha quando vários países Sul-Americanos se recusaram a aceitá-lo) o Equador tomou algumas decisões políticas negativas referentes à imigração judaica.Já que esperava imigrantes que fossem trabalhar na área agrícola (o que não ocorreu porque a maioria dos judeus vindos da Europa eram comerciantes ou Industriais) foram feitas leis expulsando todos judeus que não fizessem alguma atividade agrícola e também foi limitada a entrada de judeus que não tivessem um mínimo de 400 dólares para investir na indústria.

Em 1935 já havia sido estabelecida no Equador, por uma organização internacional judaica (que cuidava da colonização), uma área (aproximadamente 500000 acres) para a colonização e utilização para agricultura de imigrantes judaicos e também não judaicos. Apesar de em 1937 haverem 100 famílias judaicas o projeto falhou porque a área destinada a ele não tinha um bom clima nem era perto das grandes cidades.Houve também a tentativa de estabelecer fazendas judaicas em outras áreas do Equador, mas também acabaram “falhando” já que os imigrantes tinham mais vocação para o comércio. Por isso os judeus equatorianos começaram a comercializar móveis feitos com a madeira local (que era de ótima qualidade), ferro, fizeram lojas e hotéis entre outros estabelecimentos.Este relativo sucesso gerou um sentimento antijudaico (por um período curto) pela comunidade cubana e da Síria que antes tinham o “monopólio” desses serviços.

Em 1950 havia cerca de 4000 judeus no Equador, a maioria vivendo na capital Quito, mas também com presença em cidades como Guayaquil, Riobamba etc. Em 1952 o governo novamente restringiu a colonização judaica alegando que esta deveria ser voltada para a agricultura.O Congresso Judaico Mundial tentou auxiliar os judeus equatorianos com programas agrícolas, mas esses últimos não obtiveram sucesso.

O equador hoje em dia tem uma comunidade de grande maioria originária da Alemanha e forma uma comunidade bastante unida e semelhante. As principais organizações judaicas no país são: Associação Israelita de Beneficiência,WIZO,Maccabi,Colégio Experimental Albert Einstein(escola onde é aprendido o hebraico e a cultura judaica);há também uma sinagoga que funciona no Shabbat e feriados judaicos,um local para os idosos e a Federação Sionista.

A relação do Equador com Israel é relativamente boa e desde 1948 137 judeus já fizeram aliá.